Era final de Setembro. As ruas estavam
cobertas pela neve, a única coisa que se ouvia era o som do vento.
Ela não queria ir, mas o convite fora bem enfático:” No antigo
casarão da irmandade, às 18:00h. Não falte, assunto de elevada
urgência”.
“O que seria tão importante?”-
Pensava consigo. Não se aproximava do casarão desde aqueles
trágicos acontecimentos. Agora estava ali, caminhando em direção à
antiga construção.
“A porta está aberta.”-
Preocupou-se.
Entrou. Todas as luzes estavam
apagadas. A escuridão tomava conta de todo o recinto. Nada podia ser
ouvido, nem mesmo o som do vento que a pouco era ensurdecedor.
“Olá.”- Nenhuma resposta.
Um calafrio percorre todo o seu corpo.
Estava sendo vigiada. Sente que vários olhos a observam. Tenta achar
a porta, mas as pernas não obedecem. Alguém passa atrás de si.
Tenta gritar, mas no lugar da voz só o medo consegue sair.
De súbito, as luzes são acesas:
- SURPRESA! PARABÉNS PRA VOCÊ...