Certa vez, caminhando rumo ao trabalho,
me deparo com uma clínica estética onde era anunciado algumas
técnicas de beleza, relaxamento, com nomes um tanto inusitados: bambuterapia,vinhoterapia,pedraterapia,etc. Podem até serem técnicas
comuns mas que para mim pareceram um tanto estranhas. Me imagino
visitando a clínica:
- Boa tarde senhor. Em que posso
ajudar?- uma linda mulher, com um sorriso vindo diretamente de um
comercial de pasta de dentes me atende.
- Boa tarde. Eu marquei uma hora para
conhecer a clínica, para me apresentarem os serviços, como
funciona.
- Ah, claro. Como é mesmo o seu nome?
- Pires.
- Está aqui. Venha por aqui Sr. Pires
que lhe mostrarei a nossa clínica bem como os nossos serviços.
Até esse momento nada de estranho,
tudo parecendo muito normal. Mulher bonita e simpática, ambiente
agradável.
A mulher simpática, que
posteriormente fiquei sabendo que se chamava Laura, se dirigiu a outo
cômodo, o que prontamente fiz também. Nos encontrávamos agora em
um grande corredor cheio de portas.
- Nesse corredor ficam as nossas salas
de terapias, cada uma com uma terapia específica.
Depois que ela falou isso percebi que
em cada porta havia uma pequena placa com o nome da terapia
praticada. Na primeira havia: massagem relaxante. Até aí tudo bem,
massagem é algo normal e era uma das coisas que gostaria de fazer.
- Aqui é a sala de massagem
relaxante, uma das mais procuradas da clínica. Esta outra aqui é a
sala de vinhoterapia.
Nesse momento é que as coisas
começaram a ficar estranhas. Laura abriu a porta e dentro da sala
haviam várias pessoas deitadas em divãs com garrafas de vinho na
mão. Todas falavam alto, umas choravam, outras riam e uma
estranhamente encenava Shakespeare.
- Aqui as pessoas iniciam o tratamento
bebendo uma garrafa de vinho, logo após deitam no divã e começam a
contar os seus problemas a um psiquiatra imaginário. As melhoras
aparecem após o terceiro dia de tratamento.
- Isso realmente funciona? - indaguei
desconfiado.
- Funciona com 99% dos casos. O 1% é
aquele senhor do Shakespeare.
Passamos agora a outra porta que na
placa se lia bambuterapia. Dessa ouvia-se alguns gritos vindos de
dentro. Ao abrir a porta me deparei com uma das mais estranhas cenas
que já vi. Era uma sala grande, haviam pessoas de branco com grandes
bambus nas mãos e outras que corriam de um lado a outro da sala,
essas tentavam desviar dos bambus mas quando não conseguiam recebiam
bambuzadas nas pernas, era daí que vinham os gritos. Nesse instante
recuei .
- O que é isso? - perguntei
assustado.
- Essa reação sempre acontece .-
fala a guia, rindo. - Essa técnica tem o objetivo de aumentar a
agilidade, além de proporcionar um ótimo exercicio físico e maior
resistência a dor. As pessoas tem que se desviar dos bambus correndo
o risco de serem acertadas caso não consigam desviar. É umas das
técnicas mais procuradas por artistas atualmente.
Isso me assustou um pouco, mas continuamos a visita.
- Esta é a sala da pedraterapia. Como
você pode observar, aqui as pessoas devem equilibrar pedras ao mesmo
tempo que andam e cantam músicas de sucesso atualmente. Muitas não
conseguem por não terem coragem de cantar certas músicas. Essa
técnica melhora o equilibrio, atenção e as vezes muda o gosto
musical.
A póxima sala, fugindo ao padrão,
não tinha placa na porta informando a que se destinava.
- E esta sala, por que não tem a
placa informando o tratamento realizado nela? - questionei.
- Ah, esta é de uma técnica
experimental. A passarinhoterapia. Nela, cobre-se o paciente com
alpiste e soltam-se dezenas de pássaros famintos. Estão falando
que é melhor que acupuntura. Estamos até chamando alguns dos nossos
clientes para experimentar gratuitamente. Se o senhor desejar... Sr.
Pires? Por que o senhor está saindo? Senhor venha cá, ainda falta a
sala do fogoterapia... Senhor...
É, talvez eu tenha exagerado, mas que
fico com um pé atrás com essas terapias estranhas fico.
kkkkkkkkkkkkkkkk...
ResponderExcluirMuito legal essa cônica cara.
Obrigado Lucas (y)
ResponderExcluir